Cláudia Maria de Sena, moradora de Jaguaruana, nunca havia feito o exame de ressonância magnética e estava muito apreensiva. Nesta quinta-feira (4), a professora esteve no Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em Limoeiro do Norte, para realizar uma ressonância de crânio.
Ela foi uma das pacientes a ser contemplada com o projeto musicoterapia, que visa minimizar os desconfortos causados pelo exame. A equipe de imagem do HRVJ viabilizou a introdução da música como uma estratégia, trazendo um elemento da rotina dos pacientes para o cenário intra-hospitalar.
Antes de adentrar na sala de exames, os pacientes elencam suas preferências musicais e, durante a realização do procedimento, são tocadas as músicas ou gêneros musicais listados por eles. “Eu tinha muito medo de fazer a ressonância devido ao problema de ansiedade, mas a equipe é muito boa. As pessoas que me acolheram, me deixaram super tranquila e eu não tive problema nenhum. A música relaxou bastante e eu só tenho a agradecer”, explica Cláudia.
O meio tem surtido efeitos positivos na adesão ao método diagnóstico
A ação foi idealizada pelo técnico em radiologia e mestre em Saúde e Sociedade, João Lindemberg, uma vez que, segundo ele, apesar dos benefícios da ressonância magnética para o correto diagnóstico de diversas doenças, algumas características do equipamento inviabilizam a realização desse método para alguns pacientes. “Mesmo quando as pessoas não possuem contraindicação para realização do exame, é comum não encarar bem o fato de entrar em um tubo fechado”, ressalta Lindemberg.
Em alguns casos, pacientes não conseguem realizar o exame em sua totalidade, ou até mesmo não têm o comportamento necessário para que se tenha a qualidade de imagem desejada ao diagnóstico. “O meio tem surtido efeitos positivos na adesão ao método diagnóstico, assim como no melhor comportamento e satisfação dos pacientes, o que reflete diretamente em um diagnóstico mais confiável”, afirma o supervisor da radiologia, Valdetrudes Paz.
Desde a abertura do serviço, em 2022, até fevereiro de 2024, foram realizadas 3.064 ressonâncias na unidade, beneficiando a população do Vale do Jaguaribe e Litoral Leste.