O presidente da Câmara Municipal de Pacajus, Tó Da Guiomar, foi por meio de eleições indiretas, eleito prefeito de Pacajus tendo Paulo Pontes como seu vice. Os dois permanecem no comando do executivo municipal até as próximas eleições. Com oito votos favoráveis, o vereador comanda interinamente a gestão após o legislativo ter cassado os mandatos do prefeito e vice do município, Bruno Figueiredo e Faguinho.
Os gestores foram alvo de processo de impeachtment que confirmou o crime de nepotismo, segundo avaliação dos vereadores.
o parlamentar agora eleito afirmou que o contexto político é delicado na cidade. “É um pouco complicado. É inseguro tentar conciliar isso tudo o que a gente está vivenciando, mas com naturalidade, com os pés no chão. Estamos tentando convencer os vereadores agora a nos dar essa oportunidade de nos tornar prefeito do Município”.
Tó esteve interinamente no cargo máximo do Executivo até esta quarta-feira (22), uma vez que ele é o presidente da Câmara. Questionado sobre a possibilidade da escolha dos colegas ser anulada pela Justiça Estadual, ele minimizou a possível situação.
“Me sinto tranquilo porque já tive uma decisão favorável no Tribunal de Justiça do Ceará, então com essa decisão eu fico mais tranquilo. É pedir a Deus para que eles continuem com essa mesma decisão”, afirmou.
Ex-líder do governo de Bruno Figueiredo, o vereador Didão (PDT), que votou no colega agora prefeito, considerou que o atual contexto é “um dos momentos mais difíceis” já vividos pelos legisladores de Pacajus e que “vem trazendo uma ansiedade grande” para a população local.
Primeiro-secretário da Casa, Eulálio Pontes (MDB), por sua vez, apontou problemas financeiros causados pela administração anterior e cobrou comprometimento do parlamentar eleito. “Você esta encontrando uma prefeitura quebrada, que você cumpra o compromisso de prefeito que tem assumido nos últimos dias”.
O prefeito-tampão irá exercer o mandato com o vice Paulo Pontes (PL). Depois da apuração, ele discursou para os presentes e prometeu uma pacificação entre os poderes. “Não era intenção nossa compartilhar, vivenciar isso, mas diante de tudo o que aconteceu, do que fizeram, com a gente, para que nós não nos unirmos aqui dentro, hoje acabou. Não vão mais vivenciar isso aqui no Legislativo”, refletiu.