A Associação Caatinga segue firme em seu compromisso de proteger e restaurar o único bioma exclusivamente brasileiro e inicia 2025 com sete projetos em andamento. As iniciativas abrangem desde a gestão de unidades de conservação até ações de educação ambiental, segurança hídrica e recuperação da fauna nativa, promovendo impactos positivos para a biodiversidade e as comunidades locais.
Entre os destaques está o projeto Caatinga Preservada, que busca aprimorar a gestão das unidades de conservação, especialmente no Ceará, fortalecendo a proteção dessas áreas e garantindo a manutenção dos serviços ecossistêmicos essenciais da região.
Outro importante projeto é o de Conservação da Reserva Natural Serra das Almas, que tem como objetivo proteger a maior unidade de conservação privada do Ceará. A iniciativa visa assegurar a preservação da biodiversidade local e a continuidade dos serviços ambientais prestados pela área.
No Piauí, a Associação desenvolve o projeto Conservação e Sustentabilidade Financeira no Parque Estadual do Cânion do Rio Poti, que busca soluções para melhorar a gestão e proporcionar a sustentabilidade financeira da unidade de conservação.
A restauração ecológica e a segurança hídrica também são prioridades. O projeto Reposição Hídrica na Bacia Hidrográfica da Região Metropolitana de Fortaleza atua para aumentar a disponibilidade de água na Área de Relevante Interesse Ecológico Fazenda Raposa, em Maracanaú (CE), ao mesmo tempo que promove a recuperação da biodiversidade local.
No âmbito da fauna, o projeto Refaunar Arvorar, já obteve um marco significativo ao reintroduzir 18 periquitos-cara-suja na Reserva Natural Serra das Almas, espécie que não era vista na região há 114 anos. A iniciativa visa expandir o trabalho para a reintrodução de outras aves nativas ameaçadas, contribuindo para a recuperação do equilíbrio ecológico da Caatinga.
A educação ambiental também tem papel central nas ações da Associação Caatinga. O projeto Ecoprotagonistas: Jovens em ação pela Caatinga capacita adolescentes e jovens de Crateús (CE) e Buriti dos Montes (PI), incentivando a conscientização ecológica e o engajamento na preservação ambiental.
Por fim, a Associação Caatinga continua investindo na qualificação da cadeia produtiva da carnaúba, abordando seus múltiplos aspectos e promovendo práticas mais sustentáveis por meio do Programa Carnaúba Sustentável. A iniciativa já transformou uma comunidade rural em um modelo de referência para outras regiões produtoras de pó cerífero.
“A promoção de projetos socioambientais é essencial para enfrentar a crise climática. No semiárido, essa estratégia ganha ainda mais relevância devido aos baixos índices de desenvolvimento social e à degradação ambiental, que comprometem serviços ecossistêmicos e direitos básicos da população. A Associação Caatinga atua nesse cenário com projetos voltados à conservação do bioma, restauração florestal, proteção da biodiversidade, fortalecimento comunitário e incentivo à bioeconomia”, enfatiza Marília Nascimento, coordenadora de programas socioambientais da Associação Caatinga. “Essas iniciativas protegem a Caatinga, fortalecem a resiliência climática das comunidades e demonstram o compromisso dos investidores com a sustentabilidade e a responsabilidade social”, complementa a profissional.
Mariana Giozza, gerente de projetos da plataforma online de sociobiodiversidade VBIO, destaca a relevância do trabalho da Associação Caatinga: “A VBIO tem o propósito de fomentar projetos inspiradores da biodiversidade, unindo apoiadores e instituições dedicadas à conservação ambiental. Além de recursos, é fundamental contar com iniciativas robustas e equipes qualificadas para os desafios em campo. Nesse sentido, a Associação Caatinga tem sido um parceiro essencial, gerando impacto positivo e evidenciando as oportunidades da sociobiodiversidade do semiárido, reforçando a importância desse bioma único”, declara Mariana.
Novos projetos para 2025
Além das iniciativas já em andamento, a Associação Caatinga planeja lançar novos projetos de conservação em 2025, reforçando seu compromisso com a proteção do bioma, o engajamento comunitário e o desenvolvimento sustentável. As novas ações terão como foco a preservação da biodiversidade e a valorização dos recursos naturais, buscando gerar impactos positivos duradouros para o meio ambiente e para as comunidades que dele dependem.
