Por meio de atividades de difusão, formação e memória acerca da performance urbana e videoperformance, a quinta edição do Festival Imaginários Urbanos acontece de 8 a 17 de dezembro. O evento, que este ano tem como tema as “Alianças nas Diferenças”, acontece no Ceará (11 a 17/12), Maranhão (8 e 9/12) e Rio de Janeiro (15 e 16/12). Durante nove dias, o público será convidado a conferir gratuitamente a Mostra de Videoperformances, a Mostra de Performance Urbana e ações formativas.
A programação, que é composta por artistas LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência (PcDs), pessoas racializadas, mulheres, dentre outros, será realizada no Centro de Fortaleza e seus arredores, espalhando-se pela Praça do Ferreira, Praça José de Alencar, Praça da Gentilândia e Praia de Iracema. Ocupa ainda seis espaços culturais da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria da Cultura, geridos pelo Instituto Dragão do Mar e Instituto Mirante. São eles: Pinacoteca do Ceará, Centro Dragão do Mar, Cineteatro São Luiz, Hub Cultural Porto Dragão, Theatro José de Alencar e Estação das Artes. E o Farol da Juventude Benfica, gerido pelo Instituto Juventude e Inovação (IJI).
A curadoria geral da quinta edição é assinada por Eduardo Bruno e curadorias adjuntas de Marie Auip, Waldirio Castro e Helena Vieira. Nesta edição o festival reúne artistas do Ceará, Rondônia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Pará, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, além de países como Colômbia, Guatemala e Rússia.
No Ceará, a abertura acontece nesta segunda-feira (11/12), no Hub Cultural Porto Dragão, com a performance de Rafa Bqueer, saindo da estátua Iracema Guardiã, na Praia de Iracema, às 17h, seguindo até o equipamento cultural. A abertura oficial conta ainda com exibição do documentário “Themônias”, também de Rafael Bqueer, e a fala da pesquisadora, transfeminista e escritora Helena Vieira, a partir das 19h
SOBRE A PROGRAMAÇÃO E ARTISTAS PARTICIPANTES
A programação da Mostra de Videoperformance apresenta 10 obras com exibições de 8 a 9 de dezembro no Espaço Chão, em São Luís do Maranhão, de 15 a 16 de dezembro, na capital carioca, na Bela Maré, e de 16 a 17 de dezembro, na Pinacoteca do Ceará. Tendo um caráter nacional e internacional, a Mostra conta com participação de artistas como Patfudyda (RJ), que participou da última Bienal de São Paulo, Gabriel Bicho (RO), destaque na 1ª Bienal das Amazônias, e Regina José Galindo (Guatemala), reconhecida por sua relevância na performance da América Latina. Nos dias de exibição na Pinacoteca do Ceará, às 16h, vão ser realizadas duas rodas de conversas com a participação de curadores, artistas e produtores desta edição. Vale destacar que as exibições contam com legendagem e as rodas de conversas com interpretação em LIBRAS.
Já a Mostra Performance Urbana pode ser vista de 11 a 17 de dezembro, principalmente, no centro de Fortaleza. Das participações nacionais, o festival vai contar, na abertura, com Rafa Bqueer (PA), que realiza uma performance que relaciona a Amazônia Legal e os corpos de pessoas LGBTQIAPN+. A ação, no dia 11/12, tem saída às 17h da estátua Iracema Guardiã e segue para o Hub Cultural Porto Dragão. Já Franco Fonseca (RN) traz para esta edição do Festival a performance “O vírus vive em mim”, uma festa que reprograma os imaginários de morte presentes no diagnóstico para o HIV, celebrando a vida e reivindicando a cura do HIV, em um cortejo entre a praça do Theatro José de Alencar e a Praça do Ferreira.
Lucimélia Romão (SP), em “Mil litros de Preto: A Maré Está Cheia”, propõe uma reflexão sobre o lugar da população negra na sociedade em uma performance que contará com a participação de algumas mães do Curió na Praça do Ferreira. Dos artista locais, o festival contará com a performance de Levi Banida e Li Coelho (CE) no Farol da Juventude – Benfica e no encerramento, no dia 17/12, o Coletivo Carnaval do Inferno (CE), realiza sua performance festa-cortejo com concentração, a partir das 17h, na Praça da Estação das Artes, com saída às 17h30min em direção ao Centro Dragão do Mar.
A Residência Artística desta edição vai ser conduzida por Dinho Araújo, artista e antropólogo maranhense, e acontece no Theatro José de Alencar. Como desdobramento de uma etnografia sobre o processo de talha das caretas de cazumba e da aparição desse mascarado nas turmas de bumba-meu-boi das regiões da Baixada e do Vale do Pindaré, Araújo vem explorando diversos modos de notação dessas imagens que, como um rio, sempre mudam de forma.
SOBRE A 5ª EDIÇÃO DO FESTIVAL IMAGINÁRIOS URBANOS
Criado em 2018, o Festival vem se estabelecendo no cenário nacional dos festivais de performance, principalmente, pelo olhar voltado para as relações entre arte e cidade. Nesta edição, a partir de uma fala proferida por Helena Vieira, Pesquisadora, transfeminista e escritora, em 2017, mas que cada vez se torna mais atual, o objetivo do evento deste ano é pensar como a performance pode ser uma possibilidade de criar fios que possam gerar alianças na diferença de grupos historicamente minorizados.
A quinta edição do Festival Imaginários Urbanos conta com realização da Plataforma Imaginários, parceria do Observatório das Favelas (RJ), por meio da Bela Maré, e do Espaço Chão (MA). Apoio institucional do Instituto Juventude Inovação e da Secretaria da Cultura do Ceará, por meio do Hub Cultural Porto Dragão, Centro Dragão do Mar, Theatro José de Alencar e Cineteatro São Luiz, geridos pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) e da Pinacoteca do Ceará e Estação das Artes, geridos pelo Instituto Mirante.
