O ministro da educação, Camilo Santana foi destaque na edição desta qauarta-feira (22) do jornal O Globo. Em entrevista concedida aos jornalistas Sérgio Roxo e Karolini Bandeira, o chefe da pasta revelou que o Governo está finalizando uma proposta para implementar mudanças no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e uma nova política de permanência no ensino médio.
Segundo Santana, o objetivo é reduzir de 144 para 100 mil estudantes matriculados em universidades através do programa. Em uma de suas falas, o ministro pontuou que Fies se tornou uma política mais financeira do que social, e revelou que deverão ser feitas mudanças na execução do programa além de solucionar o desafio da inadimplênicia.
“Havia uma cobrança grande, e nós estamos mudando. Queremos lançar um novo Fies a partir do próximo ano, porque ele se transformou em uma política muito mais financeira e econômica do que social. Vamos agora resolver o problema da inadimplência das pessoas que estão sem a menor condição de pagar e criar um novo sistema. Uma coisa é cobrar daquele que realmente não pode pagar e outra é aquele que não paga porque não quer“, pontua Santana.
Sobre o ensino médio, Camilo também comentou sobre a implementação da bolsa de permanência no ensino médio. Segundo o ministro, os alunos serão beneficiados no programa por meio de política de notas e aprovação, e somente receberão o valor, caso sejam aprovados, no final do ano letivo.
“O aluno receberá um valor mensal, mas só poderá sacar ao final de cada ano se for
aprovado. Vamos avaliar frequência e aprovação. Ele também receberá uma poupança na conta dele e poderá acompanhar o rendimento. Este valor poderá ser retirado ao final do terceiro ano,
quando ele também vai ter a prioridade para acesso a microcrédito, se quiser montar seu negócio. Ou então, ter um dinheirinho para pagar a faculdade“, revelou.