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13ª edição do Festival Internacional de Teatro Infantil do Ceará (TIC) celebra sucesso com grande público e programação diversificada

por Vicente Araújo

O Festival Internacional de Teatro Infantil do Ceará (TIC) encerrou sua 13ª edição com sucesso de público e aceitação, reafirmando-se como um dos principais eventos culturais voltados para a infância no Brasil. Com atividades realizadas em cinco cidades cearenses (Fortaleza, Sobral, Maracanaú, São Gonçalo do Amarante e Quixeramobim), o TIC levou ao público mais de 50 sessões gratuitas, reunindo em torno de 15.000 pessoas em sua programação aberta, entre 6.400 alunos nas apresentações em instituições de ensino da rede pública.

Neste ano, o festival apresentou um amplo leque de atrações, englobando 48 artistas, entre grupos, coletivos, atores e cantores, que trouxeram ao público espetáculos e performances pensadas especialmente para crianças. Tanto que, a partir das pesquisas realizadas durante as apresentações, aproximadamente 90% das crianças afirmaram que aprenderam algo novo, a partir das mensagens e lições dos espetáculos. Outro dado que merece destaque: nesse mesmo levantamento, 80% do público infantil disse que estava assistindo a um espetáculo de teatro pela primeira vez no TIC.

Além de gratuita, toda a programação de espetáculos do 13º TIC foi acessível, com tradução em Libras e Audiodescrição, e contou ainda com fones abafadores para pessoas com dificuldades auditivas. Nas escolas, os serviços de acessibilidade foram utilizados conforme a necessidade de cada instituição.

Entre os destaques, Natasha Farias estreou no TIC o projeto “Show de Comer”, que encantou o público ao apresentar a extraordinária diversidade da comida brasileira, com todos os sabores e ritmos que ela evoca. Quem também despertou atenção foi a Cia Pia Fraus (SP), com o espetáculo “Gigantes de Ar”, que reuniu palhaços, bailarinos e bonecos infláveis gigantes em uma verdadeira atmosfera de humor e poesia circense.

O 13º TIC também contou com uma programação específica para o teatro de bebês, com apresentações projetadas para crianças de zero a três anos, a exemplo do grupo Bebelume (DF), que apresentou a montagem ”Kwat e Jaí”, com histórias dos povos do alto Xingu em uma poesia visual e sonora, e o Grupo Zepelim – Arte para infância, que levou para o festival o projeto “Borboletário – teatro para bebês”.

Outro destaque dessa edição foi a participação do grupo cearense Pavilhão da Magnólia, com a estreia de “A viagem do Barquinho”, adaptação do clássico que completa 50 anos em 2025, da escritora Sylvia Ortoff. A direção é de Miguel Vellinho, que por sua vez também dirige a Cia PeQuod (RJ), que esteve no evento com o “Pluft, o Fantasminha”, clássico de Maria Clara Machado.

“Além de promover a arte e o lazer, o TIC teve um impacto positivo na economia criativa local, gerando 100 empregos diretos e incentivando o desenvolvimento do setor cultural dedicado às crianças. Com um olhar voltado para a inclusão e a acessibilidade, o TIC 2024 reafirmou o compromisso de democratizar o acesso à cultura e fortalecer a formação cultural das novas gerações”, destaca Emídio Sanderson, diretor do evento.

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